segunda-feira, 22 de março de 2010

Monumento

E foi assim.
Desta forma nada habitual,
que me encontro
na minha sala de espelhos,
já nada desfeitos
feitos de luz.

Onde será?
que está esse sol
que me ilumina?
Que me mostra
os passos que já dei
e os que irei dar
neste caminho
construído na certeza
mas cheio de inconstante beleza.

Revejo-me nestes pedaços
de espelhos que quebro
eu com minhas mãos
sem sequer duvidar
do que existe em frente.
Como quem deixa de ser demente
arrisco a levantar o que ainda existe.

De sorriso feito parvo,
penso em construir um pequeno monumento
feito de todo o benevolente
pensar que me ofereces
com o teu jeito.
Construo o meu pequeno monumento,
em todo o pequeno momento
que desejo dizer-te o que estou a pensar.

Em teus braços, sou eu e apenas eu.